AS SUBJETIVIDADES EM REVOLTA - INSTITUCIONALISMO FRANÇÊS E NOVAS ANÁLISES

Heliana de Barros Conde Rodrigues
LAMPARINA EDITORA

88,00

Sob encomenda
10 dias


Este livro constrói a história da análise institucional francesa, em suas vertentes socioanalítica (René Lourau, Georges Lapassade) e esquizoanalítica (Gilles Deleuze, Felix Guattari). Diferentemente de outras formas de historicização de tipo positiv ista, anacronista ou hagiográfico, faz com que o institucionalismo emerja como singularidade em meio aos regimes de verdade, prática e subjetivação que marcaram a intelectualidade francesa no século XX, do pós-guerra ao início da década de 1980. Ness e percurso, configuram-se dois grandes períodos: o primeiro é dimensionado por um eixo horizontal que incita a uma escolha obrigatória entre os mundos do Leste (comunista) e do Oeste (capitalista), estendendo-se de 1944/45 a 1956; o segundo, por um e ixo vertical que confronta o Norte (colonizador) ao Sul (colonizado), prolongando-se de 1955/56 a 1968. Esta última lógica abarca uma série de colonialismos externos (entre nações) e internos (entre racionalidades, idades, estatutos, classes, sexuali dades, saberes, raças, gêneros etc.), culminando na grande recusa de Maio de 1968, com seus múltiplos efeitos epistemológicos, políticos e ético-estéticos. O institucionalismo francês pode, assim, ser apreendido como resultante da abertura teórico/pr ático/ética a esta lógica da revolta, a qual marca tanto a socioanálise quanto a esquizoanálise, que se diferenciam, outrossim, pela predominância respectiva do referencial dialético e da filosofia da diferença.As inúmeras camadas de que o presente l ivro é composto - literárias, artísticas, cinematográficas, partidárias, filosóficas, midiáticas, bélicas, teatrais, científicas, desejantes, profissionais, acadêmico-universitárias etc. - facultam, inclusive, o estabelecimento de uma comparação entr e as duas vertentes, em que são analisadas suas contribuições e/ou limitações para a invenção de novas análises - desnaturalizadoras, transversalizantes e micropolíticas.Heliana Conde Professora do Departamento de Psicologia Social e Institucional do Instituto de Psicologia da Uerj. Leciona, escreve e pesquisa sobre psicologia social, com ênfase em história da psicologia, e temas que envolvem práticas grupais, análise institucional, desinstitucionalização psiquiátrica, história oral, genealogia foucaultiana e produção de subjetividade. Publicou Ensaios sobre Michel Foucault no Brasil (2016), e co-organizou com Rosimeri de Oliveira Dias Escritas de si (2019), ambos pela Lamparina.
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