ESTETICA DA DESAPARIÇAO

VIRILIO, PAUL
CONTRAPONTO

52,00

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Paul Virilio talvez seja o autor que pensou mais radicalmente, e de forma pioneira, as transformações provocadas pela velocidade da técnica, sobretudo nas últimas décadas do século XX e no início do XXI. Suas audaciosas teorias partem de uma constata ção que ainda é polêmica, embora tenha se tornado cada vez mais evidente: a proliferação das mídias audiovisuais e interativas subverteu as vivências temporais, contribuindo para comprimir as durações, desmaterializar o espaço e expropriar certas zon as da experiência subjetiva. Neste livro, publicado originalmente em 1980, o autor antecipa de forma visionária muitas das discussões que logo se tornariam centrais para compreender o que mudou nos modos de vida da atual sociedade tecnologizada. Entr e outros fenômenos que marcam o espírito desta época, Virilio examina o paradoxo entre velocidade e inércia; as transformações das experiências em comum, suscitadas pelo compartilhamento compulsório de informações e pelos monitoramentos contínuos; as implicações da virtualização que acompanhou o desenvolvimento da vida on-line, bem como as novas formas de isolamento e dispersão que vieram junto com a expansão das redes digitais e a multiplicação das telas. O homem deslumbrado consigo mesmo fabric a seu duplo, seu espectro inteligente, e confia o entesouramento de seu saber a um reflexo. Nesse ponto, continuamos no campo da ilusão cinemática, da miragem da informação precipitada na tela do computador. O que se oferece é justamente informação,m as não sensação, é apatheia, essa impassibilidade científica que faz com que, quanto mais informado é o homem, mais se estenda ao redor dele o deserto do mundo e mais a repetição da informação (já sabida) desregule os estímulos da observação, captand o-os de forma automática e sumamente veloz não só na memória (luz interior), mas, antes de tudo, o olhar.
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