FORRÓ E O REGIONALISMO

III, JACK DRAPPER
INTERMEIOS

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O gênero de Música Popular Brasileira forró sempre foi caracterizado pelo movimento. Pode-se traçar de forma ampla a história do gênero através de fluxos de produção cultural e de pessoas por todo o Brasil e além. Entre os espaços rurais e urbanos, e ntre locais de produção regionais e nacional, entre o interior e o litoral, entre a marginalidade cultural e a aclamação nacional e entre a origem e diáspora, o forró e seus artistas, os forrozeiros, sempre se moveram entre algumas das grandes antino mias da modernidade latino-americana. Os forrozeiros conseguiram continuar o movimento vital que conduz à inovação diacrônica e à altamente complexa alegorização do gênero - ao mesmo tempo em que mantém um imaginário sincrônico, redentor, que vislumb ra um Brasil alternativo, no qual trabalhadores rurais possam não mais ser marginalizados ou esquecidos. Neste livro, a aproximação teórica revela o amplo desenvolvimento histórico do forró e os seus expansivos esforços em representar o Nordeste bras ileiro, seu povo, e sua migração em grande escala. Os esforços neste sentido são ilustrados por meio de análise de letras, instrumentação, estilos e espaço de performances. Esses discursos e práticas estão contextualizados em uma série de literatura secundária sobre a região Nordeste e experiências migratórias dos nordestinos. É enfatizado o modo como esses elementos de representação se engajaram estrategicamente na indústria cultural moderna brasileira, desde os anos 1940 até o presente. Além d isso, a análise sublinha o quanto o ponto de vista do forró como subalterno e regionalista demarca os limites de algumas das ideologias nacionais hegemônicas (como a celebração desenvolvimentista do progresso relativo à industrialização e a promoção do Rio de Janeiro a "centro cultural" do país).
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