CHAMA E CINZAS

NABUCO, CAROLINA
EDITORA INSTANTE

69,90

Sob encomenda
20 dias


Em Chama e cinzas, Carolina Nabuco mais uma vez faz um retrato da posição da mulher burguesa, agora no final da primeira metade do século XX, apresentando os valores e os tabus que orientavam o lugar social da mulher, mas trazendo também uma nova voz feminina que parece emergir desse contexto. Há, com isso, um distanciamento significativo de A sucessora, seu romance anterior, uma vez que naquela obra a protagonista Marina teme não ser a mulher ideal, enquanto Nica, a nova protagonista, deseja co mpreender por que tem sido essa mulher. O livro conta a história de Nica Galhardo, a mais despachada das quatro filhas de Álvaro, viúvo falido, com um fraco para jogos de azar, que organiza noites de carteado em seu casarão na Praia do Flamengo, no R io de Janeiro. Os eventos são disputadíssimos e frequentados por personalidades da sociedade carioca dos anos 1940, como ministros de Estado e o poderoso banqueiro Nestor Rabelo, o amigo que de fato sustenta a casa. O patriarca da família mantém um d iálogo aberto com as jovens, que não o chamam de pai, mas de Álvaro, algo incomum naqueles tempos. Após uma profunda decepção amorosa, Nica, em atitude bastante ousada para uma jovem da época, decide casar-se com Rabelo, o homem que ela tanto admira. Mas um casamento bem-sucedido bastará para fazê-la sentir-se completa? Publicado originalmente em 1947, treze anos após o sucesso de A sucessora, Chama e cinzas recebeu o Prêmio de Romance da Academia Brasileira de Letras e anos depois inspirou a te lenovela Bambolê, exibida pela Rede Globo entre 1987 e 1988. Por que ler este livro?  Carolina Nabuco foi uma das primeiras brasileiras a atuar como escritora no início do século XX.  Em suas histórias, Nabuco conduz de forma delicada a intenção d e explorar as profundidades da alma humana, sobretudo a partir da construção de uma trajetória do feminino mais transformadora.  Ao ler a história da protagonista, Nica Galhardo, as mulheres de hoje podem reconhecer os mesmos valores patriarcais que muitas vezes ainda se inserem em experiências de sua vida - ao menos como um indício do valor social atribuído historicamente à figura feminina.  Nessa obra, a narrativa assume um tom intimista, ou seja, que perpassa a esfera íntima das personagen s, trazendo as experiências traumáticas, os conflitos instaurados em seu interior e as questões morais e sociais, em especial ligadas ao papel social de Nica à época. Prêmio: Em 1947, Chama e cinzas recebeu o Prêmio de Romance da Academia Brasileira
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