UM PUNHAL CONTRA MINAS

SANTOS, CÁSSIA DOS
MERCADO DE LETRAS

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Versão reduzida e atualizada de tese de Doutorado defendida na Universidade Estadual de Campinas em 2005, Um punhal contra Minas tem como objetivo principal investigar como se deu a elaboração do romance Crônica da casa assassinada do escritor mineir o Lúcio Cardoso [1912-1968]. O processo de redação do livro é reconstituído por meio do exame dos seus originais e de sua edição crítica, publicada em 1991 pela Coleção Arquivos da Unesco. Entrevistas concedidas pelo autor, trechos do seu Diário, a s ua correspondência e outras de suas obras ficcionais, parte delas inacabada, contribuem igual-mente para a discussão. O romance é entendido, ainda, como parte de um projeto maior idealizado em torno de uma cidade imaginária: a pequena Vila Velha, sit uada na Zona da Mata mineira. "Meu movimento de luta, aquilo que busco destruir e incendiar pela visão de uma paisagem apocalíptica e sem remissão, é Minas Gerais. Meu inimigo é Minas Gerais. O punhal que levanto, com a aprovação ou não de quem quer que seja, é contra Minas Gerais. Que me entendam bem: contra a família mineira. Contra a literatura mineira. Contra a concepção de vida mineira. Contra a fábula mineira. Contra o espírito bancário que assola Minas Gerais. Enfim, contra Minas, na sua carne e no seu espírito." (Lúcio Cardoso, Jornal do Brasil, 25 de novembro de 1960). "Minas, esse espinho que não consigo arrancar do meu coração - fui menino em Minas, cursei Minas e os seus córregos, vi nascer gente e morrer gente em Minas, na époc a em que essas coisas contam. O que amo em Minas é a sua força bruta, seu poder de legenda, de terras lavradas pela aventura que, sem me destruir, incessantemente me alimentam. O que amo em Minas são os pedaços que me faltam, e que não podendo ser re cuperados, ardem no seu vazio, à espera que eu me faça inteiro - coisa que só a morte fará possível." (Lúcio Cardoso, julho de 1962)
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