MICHEL FOUCAULT: A POLÍTICA NEOLIBERAL COMO GUERRA CONTINUADA

RESENDE, HAROLDO DE
PONTES

66,00

Sob encomenda
10 dias


Para Foucault o poder é a guerra. Sua hipótese é que no interior da paz civil os enfrentamentos do poder, pelo poder, para o poder e com o poder, assim como as transformações das relações de força, têm uma solução de continuidade belicosa, fazendo co m que as engrenagens de exercícios do poder político sejam dinamizadas como guerra continuada. Na esteira dessas análises acerca da guerra entendida como contínua reposição do exercício do poder político, situa-se um ponto de inflexão no desenvolvime nto investigativo de Foucault, uma vez que o conceito de governamentalidade intervém e se inscreve na abertura do espaço delineado pela biopolítica, de tal maneira que a noção de poder se desliza dando lugar para àquelas ligadas à problemática do gov erno, numa extensão para a abordagem do Estado como um novo objeto de análise. O (neo) liberalismo surge, nessa genealogia do Estado moderno, como a forma de racionalidade característica dos dispositivos de regulação biopolítica, estendendo-se para os processos de gestão biossociológicos das massas humanas, o que envolve o aparelho estatal com a complexidade de seus órgãos de centralização e coordenação, de modo que o biopoder se apresenta como vetor de biorregulação do Estado, como condição de inteligibilidade do funcionamento e das práticas biopolíticas com seus esquemas de saber-poder como estratégias de contínua guerra que se desdobra em defesa da sociedade erigida na lógica do mercado e do empresariamento dos sujeitos.
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